
O que se espera de um filme de amor? Cada um tem uma resposta particular para tal pergunta. Tem aqueles que curtem uma comédia romântica politicamente correta e caretésima como as norte-americanas. Tem outros que curtem aqueles filmes de amor românticos e lacrimosos, esses são de qualquer nacionalidade; e há aqueles que curtem filmes onde o amor e encontrado da maneira mais inesperada – até porque o amor surge assim na vida d’a gente, de maneira inusitada e inesperada. Eu gosto desses últimos simplesmente pela veracidade que eles nos passam – já dizia Gabo, um livro ou um filme não precisa passar a realidade, mas precisa passar veracidade, ou seja, quem lê ou assistem tem de acreditar na historia.
Sendo assim eu destaco um filme muito bonito, norte-americanos mas com um quê de filme alternativo – aqueles que buscam uma alternativa ao clássico cinemão norte-americano – que marcou minha adolescência exatamente pela forma como é enfocado o amor e é narrada uma história de amor.
é Green Card – Passaporte para o amor tem como protagonistas Andy Macdowel como Brontë (sim, uma clara alusão ao Emilly Brontë, autora de O morro dos ventos uivantes) e Gerar Depardie como Gerorges. Brontië casa-se com Georges, compositor francês em busca do green card para viver nos EUA. O interesse de Brontë no enlace é alugar um ap que possui uma linda estufa – ela é bióloga – mas a proprietária só aluga para casais. Eles se casam e nunca mais se vêem até que o serviço de imigração bate a porta de Brontë. Para que Georges não seja deportado e Brontë não seja presa (pois é, isso dá cadeia!), eles são obrigados a passarem um feriado prolongado juntos morando sob o mesmo teto, conhecendo um ao outro e prepararem-se para a entrevista com o pessoal da imigração. É então que o bicho pega porque Georges e Brontë são muito diferentes em seus gostos. Brontë é a típica americana politicamente correta, não fuma, não bebe, e só toma café sem cafeína – que horrível! – além de ser engajada num projeto social que envolve arborizar bairros pobres; ao passo que Georges não está engajado em nada, fuma, bebe, come comida gordurosa e adora café comum, além de ser meio grosseirão.
A convivência entre ambos, inicialmente, parece absurda e insuportável, mas no decorrer do filme eles acabam se envolvendo e se apaixonando e o legal é exatamente a forma como acontece: conhecendo um ao outro em seus defeitos e qualidades, os pequenos gestos, a revelação de sentimentos muito pessoais. A descoberta do amor é surpreendente para ambos. Oras, não é assim que nos apaixonamos? Quando observamos o outro e vamos percebendo nele algo que nos toca e o torna admirável? Por isso acho Green Card um filme bacana, leve e bonito. Não, não há arroubos de paixão, nem encontros no meio de um transito louco, ou num temporal. Há sim, duas pessoas comuns com suas particularidades, seus medos, angústias, anseios, manias, beleza, virtudes e defeitos. São esses ingredientes que tornam a historia do filme verossímil.
Destaque para Gerar Depardieu completamente fora do padrão de galã romântico e muito bonito muito bonito – pois é, adoro esses tipos grandes que deixão quaquer mulher segura – e para a dublagem pois a primeira vez que assisti foi dublado e ao assisti-lo agora, com legendas, percebi que a dublagem foi perfeita tanto no tom de voz , quase o mesmo dos atores, quanto pelo fato dos dubladores tentarem reproduzir a forma de falar dos atores (intervalos de voz, suspiros, e tal...).
É um filme original e despretencioso, delicado, bonito, engraçado e emocionante que vale a pena ser assistido.
Título: Green Card - Passaporte para o amor
Ano: 1990
Atores: Andy Macdowel (Brontë Mitchel) e Gerard Depardieu (George Faure)
Direçao e roteiro: Peter Weier
2 comentários:
Comentando estes filmes, você acaba revelando a idade...rs...
Olá Argonalta (ou Abobrinhas?Prefiro Argonalta!)!
rs... Realmente, meu gosto cinematográfio revela minha idade. Em fim, somos pessoas do nosso tempo, não dá pra fugir dele e nem é bom que se tente. rs...
Que surpresa boa vc aparecer aqui! Esse filme é um dos que compõem minha (modesta) videoteca e um dos que mais gosto pela sua delicadeza e romântismo.
Bjos e apareça mais, meu caro...
Saudades,
Romã
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