
Non, je ne regrette rien (Michel Vaucaire e Charles Dumont)
Non, rien de rien
Non, je ne regrette rien
Ni le bien qu'on m'a fait, ni le mal
Tout ça m'est bien égal
Non, rien de rien
Non, je ne regrette rien
C'est payé, balayé, oublié
Je me fous du passé
Avec mes souvenirs
J'ai allumé le feu
Mes chagrins, mes plaisirs
Je n'ai plus besoin d'eux
Balayés mes amours
Avec leurs trémolos
Balayés pour toujours
Je repars à zéro
Non, rien de rien
Non, je ne regrette rien
Ni le bien qu'on m'a fait, ni le mal
Tout ça m'est bien égal
Non, rien de rien
Non, je ne regrette rien
Car ma vie
Car mes joies
Aujourd'hui
Ça commence avec toi...
Habitualmente eu não gosto de filmes biográficos. Não, não gosto mesmo. A tendencia a romantizar de mais a vida das pessoas é insuportavel. Entretanto, ontem, mudei minhas convicções a respeito de biografias, ou pelo menos abri uma exceção para Piaf - Um hino ao amor. Sem brincadeira, estou sem palavras.
O que o diretor e o roteiristas fizeram tornou mais um biografia de artista em "a biografia de uma artista". Ao invés de seguir uma sequencia linear de acontecimentos, o optaram por uma narrativa em que o presente e o passado se alternam em cenas muito bem trabalhadas. Ao contrário de confundir o publico, faz com que tenhamos uma visão da vida dela como flashes de memória da personagem, ou como um recorte dos principais momentos, os momentos mais importantes da vida de Piaf para ela mesma. Essa é a impressão que temos também com o entra a sei de persongens que não sabemos com apareceram na vida dela. Ora, não é necessário esse tipo de explicação para o dono das memórias.
A fotografia é alucinante. Impossivel não lembrar das bailarinas de Degás, ou da boemia e submundo Parisience expressos em telas impressionistas do século XIX e início do XX. Um ponto interessante é a mudança da temática das canções de Piaf antes de tornar-se uma estrela e depois - as primeiras eram conções que falavam do cotidiano das personagens a margem da sociedade francesa como prostitutas, mulheres sozinhas abandonadas pelo marido e tal. E por fim, Marion Cotillard, que eu já tinha visto fazendo pontas em alguns outros filmes, inclusive americanos, deu um show de interpretação, ao encarnar Edith Piaf.
O roteirista não abriu mão de acrescentar romântismo e tragicidade a vida de Piaf, mas não errou a mão. As cenas da primeira apresentação de Piaf num teatro e a cena final, sua ultima apresentação, são emocionantes. Não preciso dizer que encharquei a almofada e ainda não consigo escrever todas as minhas impressões sobre esse filme. Só posso dizer que foi um filme fantástico, bonito, poético, triste e feito com uma sensibilidade que arrepia.
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