Das festas de fim de ano a que mais gosto é exatamente o ano novo. Final de uma viagem, balanço, início de outra, recomeço sem sair do lugar, é a própria viagem da vida que em ciclos se reinventa sempre, é a segunda, a terceia, a décima chance, é explosão de espectativas, são esperanças infundadas que só nós contraditórios humanos podemos cultivar - e que bom que a cultivamos!

Segue um dos Poemas de Dezembro, de Drumond, que tem algo de recomeço.

"Fazer da areia, terra e água uma canção

Depois, moldar de vento a flauta
que há de espalhar esta canção
Por fim tecer de amor lábios e dedos
que a flauta animarão
E a flauta, sem nada mais que puro som
envolverá o sonho da canção
por todo o sempre, neste mundo"

(Dezembro de 1981)

Feliz 2009 a todos!!!!