"Velho de mais para se sentir jovem, jovem de mais para se sentir velho..."
Não sei quem disse isso, mas um amigo meu me falou dessa frase quando conversávamos sobre a chegada dos trinta anos. Ele está com 32 e eu estava a pouco mais de um mês para entrar nos 30. Quando ouvi a frase, senti um frio na espinha, como se uma gota gelada tivesse caído em minhas costas, me tirando de um momento de distração. Era exatamente o que eu sentia.
Tem coisas que a gente pensa e até diz, mas não sente, ou pensa que sente, e só percebe que nunca acreditou quando finalmente se olha no espelho e se vê, sem fantasias. Talvez os trinta anos sejam esse momento, o momento em que nos vemos sem fantasias, o momento em que estamos maduros para refletir sobre a vida, sobre nós mesmos. Talvez represente o último sinal para sair da juventude e finalmente entrar na idade adulta. Como anuncia o título do único livro que li de Sartre, a casa dos trinta é "A idade da razão", e essa "razão", não vem sem provocar incomodo, sem provocar um mínimo de contradição, medo, assombro, perplexidade.
Naquele dia, o dia da conversa, me senti menos só. Talvez por finalmente alguém entender o que eu sentia porque também sentiu igual, ou parecido, ou simplesmente porque sentiu algo.
* Completei trinta anos em agosto, sem muitas comemorações, a não ser o bolo em casa com a família - pai, mãe, avó e sobrinho. A comemoração com os amigos esbarrou num resfriado, ou crise alérgica – até agora eu não sei o que tive – e acabou não acontecendo.
Não sei quem disse isso, mas um amigo meu me falou dessa frase quando conversávamos sobre a chegada dos trinta anos. Ele está com 32 e eu estava a pouco mais de um mês para entrar nos 30. Quando ouvi a frase, senti um frio na espinha, como se uma gota gelada tivesse caído em minhas costas, me tirando de um momento de distração. Era exatamente o que eu sentia.
Tem coisas que a gente pensa e até diz, mas não sente, ou pensa que sente, e só percebe que nunca acreditou quando finalmente se olha no espelho e se vê, sem fantasias. Talvez os trinta anos sejam esse momento, o momento em que nos vemos sem fantasias, o momento em que estamos maduros para refletir sobre a vida, sobre nós mesmos. Talvez represente o último sinal para sair da juventude e finalmente entrar na idade adulta. Como anuncia o título do único livro que li de Sartre, a casa dos trinta é "A idade da razão", e essa "razão", não vem sem provocar incomodo, sem provocar um mínimo de contradição, medo, assombro, perplexidade.
Naquele dia, o dia da conversa, me senti menos só. Talvez por finalmente alguém entender o que eu sentia porque também sentiu igual, ou parecido, ou simplesmente porque sentiu algo.
* Completei trinta anos em agosto, sem muitas comemorações, a não ser o bolo em casa com a família - pai, mãe, avó e sobrinho. A comemoração com os amigos esbarrou num resfriado, ou crise alérgica – até agora eu não sei o que tive – e acabou não acontecendo.
Imagem retirada do site http://www.planetaeducacao.com.br/novo/artigo.asp?artigo=469
9 comentários:
Viviane, seus posts são ótimos. É sempre bom poder ler coisas que sinto, mas que não sei muito bem explicar. Beijinhos.
resfriado, crise alérgica, em pleno aniversário de 30? foi psicológico, hein! heheh
beijo!
Valeu meninas! Lucia, o seu blog também é muito bacana. Adorei aquele texto sobre o Saara!
Samia, eu também pensei que era psicológico (kkkkk!), mas fiquei muitos dias assim! rsrsrs
Olha, só, logo no meu aniversário ficar alérgica?! É o que dá ter nacido no dia 13 do mês do desgosto! rsrsrs
beijo meninas.
Vivi, só mesmo quem está margeando essa fase consegue entender... acabei fazendo no meu aniversário o mesmo q vc fez, ou melhor, fizeram pra mim, pq eu já tinha desistido de comemorar, não por falta de felicidade, apenas por achar q era melhor refletir sobre mais um ano q passava e se as propostas do anterior teriam sido ao menos iniciadas, mas ninguém entende, ninguém se pergunta pq essa reflexão doida, ou um parar pra pensar, nossa, 30? e a tal razão, chegou mesmo ou é só ilisão de um cara com complexo de peter pan? muita coisa pra pensar e avaliar. será a hora de sonhar coisas mais palpáveis e fazer planos realmente possiveis de um dia serem realizados?
são 3 décadas, a musica não é mais a mesma, nem seu penteado, suas ideias são outras e seu olhar nem se fala! Jovem? Velho? Paradoxal... mas acima de tudo, uma possivel pessoa formada com carater forjado, um cidadão de verdade, alguém q vale a pena ter ao lado!
Paz e bem Amiga!
É Vivi eu tb fiz 26 anos em agosto e foi uma data legal, sem festa ou agitação, um jantar com macarrão no final-de-semana e só...sempre é triste mas dessa vez foi bem agradável, o q o amor não faz?Beijuuss
Excelente de se ler isso, Viviane! E acabo de não me sentir tão só também, pois faço 30 anos no mês que vem!!
Gostei!
Eu não fico necessariamente triste com meu aniversário, não, pelo contrário, é uma boa oportunidade para reunir amigos e falar da vida, rir, tomar cerveja, ficar meio alta, se divertir... Eu queria muito Ter comemorado meu aniversário assim, na maior farra principalmente porque quase todos os meus amigos estão chegando nessa fase ou já passaram. Então seria muito legal. Mas não deu. Mas fiquei reflexiva.
Agora, essas reflexões, essa espécie de “mal estar dos 30 anos” eu acho, são características da nossa geração. Meus pais, não tinham esses questionamentos. Amigos mais velhos beirando quarenta anos, também não. E pelos comentários aqui postados, parece que mais pessoas chegando aos trinta, estão reflexivas sobre a vida.
Já são cinco pessoas: eu, o amigo que cito no texto, Lucia, Naldo e Ciro! Olha só! Todo mundo meio mexido com os 30 anos. Rs.
* Ciro, parabéns adiantado! Caia na farra, comemore muito!;)
Minha querida, falta 3 dias para que eu complete 22 anos. E desde os 16 comecei a me preocupar com esse negócio de idade, de ficar mais velho. Pra começar não gosto nem de fazer aniversário.... é uma LÁSTIMA. Acho q posso dividir com vc esse sentimento confuso.
bjos
Trinta e três anos e meu corpo já não é mais o mesmo dos vinte e poucos... Tem coisa que já não gosto tanto como antes... Corro ao dermatologista a cada seis meses, durmo com camadas de ácido no rosto, vitamina C ao redor dos olhos, protetor solar com cor para dar mais vida ao rosto. Mas, o cérebro... Ah, como eu gosto do que penso hoje, como me orgulho da pessoas que essas três décadas de vida se encarregaram de formar. Não troco a maturidade por nada.
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