21.2.08

Life on Mars




Atualmente ando me esbaldando com o download de séries, e uma que comecei a assistir no HBO e achei muito legal é Life on Mars. A série trata das aventuras e desventuras de Sam Tyler (John Simm), um detetive da polícia britânica que é atropelado durante uma investigação e acorda no passado, mais precisamente em 1973, também como detetive em Manchester, transferido de Hyde. O nome da série é uma referência a música de David Bowie gravada em 1973 e que tocava no ipod do detetive no momento em que foi atropelado.
Porque o detetive Tyler está no passado. Ele está em coma e construiu toda uma realidade paralela? Ele está morto? Ou ele simplesmente foi parar no passado por algum motivo especial? Essas são as questões do personagem e também as questões que o público se faz a medida que vai assistindo ao programa. A cada episódios os casos policiais se misturam ao drama de Tyler, que ouve vozes e mensagens do futuro através de telefones que tocam e somente ele ouve, ou através de aparelho de tv e rádio. O roteiro é bom, embora por vezes previsível, e ainda há o fino e irônico humor britânico.
Tyler paga altos micos por conta de sua aflição de estar no passado, e quase todos no departamento pensam que ele não bate bem da cabeça. A única que o escuta pacientemente é a policial Annie (Liz White), que tem uma queda pelo cara. Ele é um sujeito do século XX e XXI, é o ideal de bom tira, segue sempre os manuais, respeita os direitos humanos dos bandidos, e faz uso de métodos investigativos totalmente baseado em provas, é bom e crédulo de mais, por isso várias vezes é engano pelos bandidos. No extremo oposto está Gene Hunt (Philip Glenister) , chefe do departamento. personagem bronco, cheio de vícios, preconceitos e que aplica práticas duvidosas de investigação. Os dois estão sempre brigando e discutindo por conta dos métodos policiais vigentes na época. Essa diferença de mentalidade é a principal tensão presente na série e que nos faz imaginar como seria voltar a viver há trinta e três anos atrás e como o mundo mudou, não apenas em relação a tecnologia, mas em relação aos hábitos e costumes.
No mais, sempre há uma boa briga, entre policiais e bandidos, e entre policiais e policiais, perseguições de carros - caramba, os carros são bacanas. Figurino, referências a acontecimentos, artistas, personalidades, filmes e músicas da época, cenários, carros, objetos, tudo isso produz uma boa ambientação, convencendo o telespectador. Outra coisa que acho interessante e que me atraiu nesta série é o fato de se passar nos anos setenta. Poucas obras de ficção se passam neste período, e quando acontece, a época é simplesmente pano de fundo. Em Life on Mars a década de setenta também é persongem.
A série só teve duas temporadas e bem curtinhas – oito episódios em 2006 e mais oito em 2007 – cada episódio com quarenta minutos de duração, em média. Maneiríssima!

PS: Prestem atenção na trilha sonora.

Produção: BBC
Exibição em tv por assinatura: HBO, domingo 22hs, reprise na quinta feira, 21hs.

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