Semana passada (28-10-07) saiu no lugar da coluna de Arthur Xexéu, na Revista O Globo, a primeira de quatro partes da Hq Conveniências Emocionais. A história é de Vinicius Michel, quadrinista que colaborava para a Mosh!, fanzini independente, com temática rock, lançado em edições trimestrais que teve 12 números publicados até sua extinção, ano passado.
A Mosh!, era um fanzini muito maneiro, com um certo ar de rebeldia adolescente. Os melhores personagens fixos eram a Garota Infinito de Fábio Lira, e o Rocker, com suas tiradas politicamente incorretas – um boêmio do rock. Outros personagens esporádicos eram interessantes como A Velha Musa, que apareceu em alguns números e Rose Stone – que ocupou por duas vezes a última página da revista com história curtinha mas muito engraçada. Esporadicamente também apareceu o quadrinho Os tranqueira, banda de rock do interior que sempre se metia em situações inusitadas. A face mais séria apareceu na colaboração, em alguns números, de Klênio Klamber, com histórias mais existencialistas. A última história de Klamber para a Mosh, foi desenhada por Vinícius Michel. A Mosh, possuía também a coluna Comic Riffs, escrita por Heitor Pitombo, com notícias, casos e historias do universo das Hqs.
Bom, recuerdos a parte, o interessante na arte de Michel é que o traço sempre muda, nunca é o mesmo. Se olharmos suas primeiras histórias na Mosh! e a Hq publicada no Globo, percebe-se a diferença. Entretanto, o ar nostálgico é o mesmo de suas histórias anteriores - talvez essa seja a marca do artista. Muito legal!
Legal também a iniciativa do Globo - pois é, tive que torcer o braço - de colocar uma Hq de um jovem quadrinista, para substituir (mesmo por um tempo limitado) o colunista de férias, e não um outro cronista como é mais comum – dando um espaço importante para a arte das Hqs, não muito propagada no Brasil.
Quem perdeu a primeira parte, pode acessar na página do Gibizada - http://oglobo.globo.com/blogs/Gibizada/Default.asp.
Imagem: Conveniencias Emocionais, retirada do link acima
Um comentário:
É verdade, Viviane. É uma ótima iniciativa colocar gente nova no espaço do jornal. Um abraço.
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