19.2.07

Palavras Andantes...



A palavra escapou.
Saltitou em minha volta
Dos meus escritos fez troça
Escapou dos meus lábios
Dos meus pensamentos
A palavras se foi
Pelo mundo afora
Já não era minha
Nem dos meus cadernos,
Contos
Ou sonetos
Tomou forma
Em outros ouvidos
Outras bocas
Outros olhos
Outros argumentos
Era de quem a lesse
De quem a ouvisse
De quem a quisesse

Era do mundo


Era livre



Imagem: http://portuguesapoesia.blogspot.com






7 comentários:

Anônimo disse...

Elas parecem vivas mesmo! Gostei da arrumação delas no post. Muito obrigado por proporcionar mais um espetáculo para nós, leitores.

Anônimo disse...

Grande VIVI....
Gostei do poema, qualquer hora, roubo suas palavras novamente, para depois pedir a permissão.. hehehe

Grande bjo!

Anônimo disse...

Além de escrever contos... escreve poemas, parabéns. Está lírico.

Bruno Carvalho disse...

Acho difícil escrever poemas, porque quando os escrevemos andamos em uma fina linha que separa o ridículo e a genialidade. Por isso, poemas não são tão aceitos pelos leitores.
No seu caso, de ridículo nada se encontra. Pelo contrário, uma genial história com um sentido extraordinário.
Realmente a palavra depois de escrita não é mais de quem a escreveu, é livre, é do mundo!!

Parabéns!! Genial!

Sâmia disse...

Lindo, Vivi!!!
Que você nunca fique sem palavras para dar ao mundo.
beijos

Anônimo disse...

O típico poema sobre nada, que começa do nada e vai a lugar algum(auto-referência?), mas impressiona muito gente sensível(aka: que não saco pra discutir coisas séries porque são chatas).

Anônimo disse...

Sabe Viviane, quem escreve padece com as palavras, que às vezes nos escapam céleres.Construir um poema esbarra em nuances da rima e musicalidade e as palavras, voláteis.Sem dúvida, a idéia central, quando captada pelo leitor não aculturado, é o prazer de se conseguir transportar ao universo de quem escreve.Isto seu(s) poema(s) tem de sobra.Este é apenas um.Então, só posso parabenizá-la e também solidarizar-me com você, pois sei que anônimos são a escória improdutiva e aculturada, que permeiam a sociedade e nossos blogs.Beijos