9.5.06

Perverso (Rio, jan-05)


Perverso é o teu desejo
Que me escraviza
Perverso é o teu corpo
Que me alimenta
E se alimenta do meu

Perverso é o instante em que me olha
E não dá escolha
E me entrego sem demora,
Sem pensar

Porque perverso
É o desejo que me atordoa

Perverso é te pensar sem te ter
Perverso te querer
E porque te quero
Cada instante sem ti
É mais perverso
E perversos são os momentos
Antes do êxtase
Perverso é o próprio êxtase,
Tão efêmero e fugidio
E perversa é novamente essa busca
A angústia,
O Jogo,
O Desejo,
O gozo.

Um comentário:

Vi disse...

Vivi!!!!

Bom demais esse texto. Dá pra sentir o medo do segundo seguinte.
Beijo!!